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Parceria com Blizzard terá mais títulos

Mesmo em meio a crises econômicas, o mercado de jogos online continua a crescer. Em 2012, as vendas no setor faturaram US$ 52 bilhões (cerca de R$ 105 bilhões), e a previsão é que elas superem US 75 bilhões até 2017, segundo a DFC Intelligence, consultoria especializada no segmento. 

Tal ascensão chamou a atenção de editoras, que começaram a apostar, nos últimos anos, em um mercado potencial então inexplorado: o de livros com histórias baseadas em games de sucesso. 

“O jogador é o principal leitor, e muitas vezes ele é um leitor novo, no sentido de estar experimentando a literatura agora”, explica Ana Lima, editora-executiva do Galera Record, selo jovem da editora, responsável pelo primeiro fenômeno do gênero no Brasil: a série baseada no popular game “Assassin’s Creed”. 

Os quatro livros lançados até agora – ‘Renascença’, ‘Irmandade’, ‘A Cruzada Secreta’ e ‘Renegado’ – figuraram em listas de best-sellers e já venderam 450 mil cópias. O número chama a atenção, já que a tiragem média de livros no Brasil é de apenas 3 mil exemplares.

“Muitos fãs da coleção nos escrevem dizendo que ‘Renascença’ foi o primeiro romance que leram e que agora estão interessados em outros gêneros, como fantasia, aventura e romances históricos”, completa ela.

Para Flávia Gasi, tradutora da versão literária de “God of War”, o que importa nesses tí-tulos é o básico para qualquer livro: uma boa história. “No game, avatar e jogador são coatores de um mesmo processo. Os jogadores querem entrar em contato com seus personagens, e um bom roteiro pode ser contado através de mídias variadas”, explica ela. “Os livros de games são produtos que não só expandem o universo, mas podem ser lidos independentemente.”

Um exemplo desse “leitor avulso” é a administradora Vânia Neto, 29. Depois de devorar a série “Cinquenta Tons de Cinza”, ela cansou de romances água com açúcar e ganhou do marido o primeiro “Assasin’s Creed” mesmo sem nunca ter jogado o game. “Apesar de ser muito sangrento, gostei bastante, porque ele traz muitas informações culturais, como histórias sobre o Renascentismo e a construção de Roma”, afirma.

Fonte: Metro

Sandro Lenzi