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A Carne e o Sangue – livro de Mary Del Priore

A Carne e o SangueEscrito pela especialista em História do Brasil, Mary Del Priore, “A Carne e o Sangue” é um livro história que conta como e por quê D. Pedro I ficou dividido entre sua prometida, a Princesa Maria Leopoldina da Áustria, uma mulher não muito bela, submissa e pura, e Domitila, a marquesa de Santos, uma mulher forte, obstinada e independente que desequilibrou o casamento e a vida da realeza.

Apesar de não ser belíssima, Maria Leopoldina era uma boa criatura, religiosa, boa mãe e dedicada à família, a Imperatriz do Brasil era amada por seu povo, que via nela uma mulher doce e pura. Ela não era a mulher mais desejada, mas com certeza era uma das mais queridas, porém, perdeu o brilho em seus belos olhos azuis quando a noticia de que seu marido, Dom Pedro I, a traia com uma tal de Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, que era muito mais bonita e fogosa que ela. Domitila, ou Titila como era carinhosamente chamada por seu amante, arranjara o titulo de Marquesa ao casar-se com um nobre, que logo após foi convenientemente mandado ao exterior em nome do Imperador, ela então passou a frequentar cada vez a corte, e aos poucos deixou claro a todos seu intimo relacionamento com o marido de Leopoldina.

Quando tomado conhecimento do romance extraconjugal do Imperador, o povo se opôs a D. Pedro e Domitila passou a ser tratada como uma inimiga pública de todos. Quando Leopoldina morreu, as pessoas pensaram que a marquesa de Santos a havia envenenado para que pudesse virar Imperatriz, pois já tinha seduzido o Imperador que agora era viúvo, e foram até sua casa para apedrejá-la. Desesperado para protege-la e para arrumar outra esposa, D. Pedro I manda-a para longe, dizendo a ela que assim que ele casa-se, ela voltaria para seus braços.

Usando-se de acontecimentos, fatos históricos, noticias e até cartas intimas trocadas entre os dois (que podem ser encontradas no Museu de Niterói, RJ), Mary Del Priore traça um panorama de intrigas políticas e amorosas que atormentaram a corte brasileira no período entre a independência do Brasil até às vésperas da abdicação, em 1831, que levaria o caçula Pedro II ao trono imperial aos cinco anos de idade.