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Livros para Vestibular: O Cortiço – livro de Aluísio Azevedo

O CortiçoPublicado em 1890 e escrito pelo brasileiro Aluísio Azevedo, o livro “O Cortiço” é um marco na literatura brasileira e naturalista, escola litarária que visa dialogos reais e a idéia de que o homem é produto do meio onde vive, pensamento que é abordado livremente na obra.

Resumo do livro “O Cortiço”

João Romão é um português avarento e ambicioso, que prefere até dormir e comer mal só para economizar dinheiro e enriquecer. Após enganar sua amante, Bertoleza, uma escrava fugida de seu senhor e roubar o dinheiro que ela havia lhe confiado para pagar sua alforria, constrói uns pares de casebres dos quais aluga para o povo pobre da cidade do Rio de Janeiro. Primeiro foram três ou quatro, mais que logo se tornam cerca de 99 tetos que compõem “O Cortiço São Romão”, lugar que reúne muitas pessoas diferentes, de lavadeiras negras à trabalhadores imigrantes de Portugal.

Entre eles estão Jerônimo e sua esposa Piedade, pais de uma menininha que imigraram de Portugal em busca de melhoras condições no Brasil. Jerônimo, homem honrado, trabalhador e responsável, que em umas das festas do cortiço, se apaixona por Rita Baiana, dançarina faceira e enamorada de Firmo. Certo dia, Jerônimo chega à brigar com Firmo por causa da moça, indo parar no hospital mas, ao sair de lá, junta uns camaradas e mata o capoeirista a pauladas para, depois de abandonar sua esposa e filha, ficar com a mulata.

Além dos imigrantes, também somos apresentados à Pombinha, menina bonita e letrada mas muito ingênua, às lavadeiras, aos trabalhadores da pedreira (que também pertence à João Romão) e à Mirando, vizinho do mesmo. Miranda é um comerciante português que, ao casar-se com Dona Estela, mulher burguesa e rica, junta-se à elite. Mesmo sendo casados, se odeiam e ele acaba vivendo na dúvida sobre a paternidade da filha, Zulmira.

Mesmo com a rivalidade entre João e Miranda, os dois aliam-se após o segundo receber um titulo de nobreza, coisa pela qual João Romão ansiava, mas que mesmo se tornando rico, não tinha conhecimento nem influência na elite carioca. Pensando nisso, os dois decidem juntar as famílias por meio do casamento da filha de Miranda, Zulmirinha, com o português.

Ao saber que a menina aceitara a proposta, João passa a se preocupar com outro problema: Bertoleza. O problema é resolvido quando à denuncia aos antigos donos dizendo que sua carta de alforria era forjada, mas sem dizer que ele mesmo a havia dado. Quando vê os policiais vindo busca-la, a escrava rasga a própria barriga com a faca que usava para cortar peixes, a fim de não ser levada de volta.

O fim irônico do livro nos mostra que, após o episódio da morte de Bertoleza, uma carruagem vem ao encontro de João Romão para dar-lhe um diploma de sócio benemérito por sua preocupação com a situação dos negros e por juntar-se à comissão de abolicionistas.

Lidando com o lado pobre do Rio de Janeiro, Aluísio Azevedo nos passa com grande realidade o dia-a-dia da classe trabalhadora de um Brasil do século 19. Usando trejeitos do naturalismo, o autor se usa do zoomorfismo (transformação dos personagens em animais) e do realismo para a retratação das ações e pensamentos das personagens. Em suma, “O Cortiço” é um livro obrigatório para os interessados em prestar vestibular, pois é um marco na literátura brasileira.

Costuma ser livro certo na maioria das listas de livros de vestibular.

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