Memórias de Uma Guerra Suja – livro de Cláudio Guerra, Marcelo Netto e Rogério Medeiros

Um dos períodos mais tenebrosos da História do Brasil, a Ditadura Militar, que durou de 1964 a 1985, é relatado em “Memórias de Uma Guerra Suja”. O livro contém confissões de um assassino que agia a serviço da repressão, o ex-delegado Cláudio Guerra, do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social).

O livro pode ser considerado um documento valioso da época, porém, mesmo que sua veracidade ainda precisa ser comprovada, ou se descubra que a história foi inventada (num todo ou em partes), ainda sim é uma pauta minuciosa. Os jornalistas Marcelo Neto e Rogério Medeiros foram procurados por Guerra para fazer revelações logo após ter se convertido na Igreja Assembléia de Deus já na prisão.

Muitas das pessoas que Guerra executou (a maioria incineradas na usina de Campos, no Estado do Rio de Janeiro), não tiveram suas identidades desvendas até os dias de hoje. São histórias que jamais seriam resgatadas, se não fosse pelo livro “Memórias de Uma Guerra Suja”.

O livro começa sua narrativa quase 30 anos, antes mesmo da entrada de Cláudio Guerra no enredo, quando Rogério Medeiros trabalhava no Jornal do Brasil e investigava alguns crimes que foram cometidos no Espírito Santo, sendo Guerra o autor dos crimes e em seu depoimento informou a Medeiros que ele seria um de seus alvos devido às denúncias. “Memórias de Uma Guerra Suja” é um livro intrigante, revelador e com a história que reacendem discussões e desafios à Comissão Nacional da Verdade.